sábado, 26 de outubro de 2013

INTIMIDADE COM DEUS

No início da minha vida de fé ficava intrigado com algumas frases, aqueles típicos jargões, clichês e outros “pirlimpimpins” que criamos no dialeto evangeliquês. Honestamente, algumas delas não só me intrigavam, como me perturbavam mesmo! 

“Deus quer se revelar a você”, “Deus tem uma obra em sua vida”, “Se humilhe diante de Deus”, “Deus vai bradar na terra”, “Deus vai fazer um reboliço”, “Você precisa ter mais intimidade com Deus” são só algumas delas. Essa última, por sua vez, era a que mais me complicava, pois ficava pensando em como me tornar íntimo do Senhor Deus. O que poderia fazer para que o Senhor do Universo fosse meu “amigão do peito”, meu “best friend”, meu “camarada”, etc.?

Procurava seguir à risca as doutrinas, obedecer cegamente aos líderes, não questionar os costumes da denominação e investir pesado em jejuns, vigílias e reuniões de oração, etc., com o simples intuito de me tornar próximo o bastante de Deus, até que fosse considerado um entre os “dez mais”. Mas, o efeito que isso causava em minha mente era devastador! Isso acontecia em razão de querer ser íntimo d’Ele, ao passo em que O percebia tão distante quando me deparava com meus pecados, minhas contradições, minhas dúvidas, meus medos e tudo o mais que um mortal carrega dentro de si.

Como um Deus santo poderia ser meu amigo íntimo? Como o Criador de todas as coisas sentiria prazer em estar com alguém tão frágil e medroso? Por que Ele, o Senhor dos senhores, gastaria tempo para estar perto de um ser tendente a cair, e cair, e cair... ?

Sabe, o tempo passou. Cresci na fé e hoje encaro tudo aquilo lá atrás como fruto da imaturidade, ignorância pura. Quando me percebo agora mais adulto na fé, mais preparado, mais isto e aquilo, consigo entender melhor que “intimidade com Deus” é, primeiro, uma iniciativa d’Ele mesmo, é só mais uma benção proveniente da Graça que, na cruz, desfez a inimizade entre mim e Ele – Efésios 2.12-16. Depois (e só depois), manter-me íntimo de Deus é uma decisão pessoal e voluntária, é caminhar cada dia em Sua direção e manter uma vida que realmente Lhe agrade – Tiago 4.8. Simples assim!

Por enquanto é só pessoal!

Um abraço.

- pr Aécio -

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

YES! NÓS TEMOS FALSOS PROFETAS!

O Brasil está virando um celeiro… De falsos profetas também! Isso pode até chocar, mas não é nada perto do que esses perversores do Evangelho são capazes de fazer para se locupletarem através das manobras que arrastam multidões às suas armadilhas.

UM AVISO: Não estou falando só de neopentecostais, não! Eles estão infiltrados em TODAS as denominações, indistintamente, e agindo de igual forma, sugando e sangrando as igrejas por dentro!
Quando disse TODAS, são TODAS mesmo: Não escapam presbiterianos, batistas, luteranos, metodistas, pentecostais, tradicionais, independentes, renovadas, avivadas... E por aí vai! Eles estão dominando o cenário evangélico brasileiro!

Tem falsos profetas para todos os gostos. Há daqueles mais mansos e dissimulados, mas podemos facilmente esbarrar nos mais aguerridos, nervosos e abusados. Têm daqueles que vou chamar de “fala mansa”, são aqueles que sussurram promessas de prosperidade e vida fácil; mas também têm os que provocam catarse que arrebatam os ouvintes com profetadas apocalípticas e revelações estonteantes. Alguns querem ganhar pela aparência. Tanto é que não é de hoje que a gente vê circulando por aí “pastoras peruas” e pastores “roqueiros, metaleiros” – sem falar dos “mauricinhos” e das “patricinhas” que amam desfilar grifes famosas, relógios caríssimos e carrões... Desculpem mais uma vez, mas onde nasci se diz assim: É cada um mais besta que o outro!

No passado, o que mais preocupava um ministro quando se preparara para o púlpito, tribuna, etc., era a consagração. O preparo espiritual, o domínio das Escrituras e o temor dominavam a cabeça dos pregadores. Agora a coisa mudou muito em muitos casos. Podem me jogar pedras, mas para muitos pregadores e pregadoras, a preocupação maior é o look (visual), e isso é o que pode satisfazer o ego inflamado de quem está preocupado com a casca, mas para Deus o que interessa mesmo é o conteúdo!

A propósito, alguém conhece um tempo na igreja que não havia “falso” profeta?! Eu também desconheço. Desde o início, sempre houve essa “laia” de gente em nosso meio e, para ser bem honesto, mesmo não dominando o assunto 100%, acho que eles até tem uma “utilidade” entre nós: Para que o verdadeiro se destaque ao se estabelecer a comparação – essa é uma opinião muito minha, muito particular mesmo. Fora isso, não servem pra mais nada!

Desculpem a ironia, mas parece que virou moda ser falso profeta no Brasil. E o pior é que tem “consumidor”, tem público pra isso! É de arrepiar, mas o que tem de gente seguindo homens e mulheres que distorcem as Escrituras na maior cara de pau é surreal! Por aqui, em solo tupiniquim basta fazer uma gracinha, mostrar um milagrinho, cantar um pouco mais agitadinho, fazer da pregação um stand up, inventar uma campanhazinha, realizar uma performance mais curiosa ou qualquer outra estripulia que chove de gente em volta! Onde isso vai parar minha gente?! Eu tenho minhas convicções, e sei muito bem onde isso vai parar!

Tem cada coisa feia acontecendo por aqui que dá nojo de assistir na TV, de ouvir no rádio de encontrar na internet... Misericórdia!

Vou parar por aqui. 

Cansei de falar desses chacais... Até a próxima!

Um abraço!

pr Aécio