Eles se tornaram apáticos, indferentes. Os crentes daquela igreja perderam a nocão do santo e do profano. Já não sabiam onde começa e onde termina a santidade, apostataram. Isso lembra alguma coisa? Sim, nos remete à situações muito parecidas com nosso contexto atual, onde indivíduos e igrejas inteiras subvertem à fé e causam estragos ao testemunho do Evangelho.
Se pudéssemos fazer uma escala de responsabilidades, recairia sobre a liderança de Laodicéia a maior parte. O líder, o anjo da igreja, é denunciado, dissecado e exposto por aquele que é “testemunha fiel e verdadeira” – estaria Jesus afirmando nas entrelinhas que aquele líder teria de enfrentar às claras Aquele que conhecia tudo o que ele praticava no escuro? Sim, óbvio! Assim como já fez, irá fazer com muitos líderes de hoje que são extremamente zelosos na pregação, no cuidado com a aparência e no trato com as pessoas, porém, quando nossos olhos não os alcançam... Ai, ai, ai! Muitos destes mentem para suas esposas e filhos, se prostituem, se contaminam com pornografia, subornam, roubam e cometem um sem número de pecados. Não cometem todas estas coisas, como também compram e calam as vozes dos fracos, entretanto, nunca comprarão a “fiel testemunha” que conhece o que acontece nos solitários quartos de hotéis onde se hospedam conferencistas de renome, ou das tramas que se desenrolam nos gabinetes isolados das vistas dos fiéis, etc. Nada disto ficará impune!
A mornidão característica daqueles crentes, em Laodicéia, era causada pela mundanidade (ou mundanismo). Isto também acontece em nossos dias. O mundo exerce atualmente tanta pressão e influência sobre a Igreja que muitos cristãos desprovidos da presença do Espírito Santo, reproduzem em seu way of life tudo o quanto veem, ouvem e leem, deixam-se absorver pelas modas, pelos costumes e pelos traços culturais pervertidos. Por exemplo, a cultura do “ficar” veio para ficar, transformando muitos jovens em fornicários contumazes – já não é tão incomum namorados “crentes” dormirem juntos e transarem sob os auspícios dos pais (também “crentes”). A onda das “baladinhas gospel” arrebanha adeptos e toma proporções gigantescas, fazendo com que algumas “festinhas de crentes" se pareçam com os típicos inferninhos dos bailes funk e das raves movidas por aquelas horríveis músicas psicodélicas, tipo “bate-estaca”.
Mas, Ele não faz média – como o fazem os pregadores 171. Todo mundo tem que saber que com Ele não há meio termo, meio crente, nem meio santo ou meio convertido.
Tem muitos pregadores por aí alisando a cabeça de endemoninhado, inconverso e ímpio que não quer mudar de vida.
No afã de encherem seus auditórios e não perderem público (e dízimos), muitos pastores praticam a condescendência com diversas práticas pecaminosas ou simplesmente se omitem, com medo de perder o filão! Mas com Ele não é assim. Sem rodeios, Jesus dá o recado: “...vomitar-te-ei da minha boca..."! - pr Aécio