Dos jargões “evangeliqueses” que me provocam ojeriza, um dos mais toscos e que mais detesto é o tal do “Determine sua vitória irmão!” – ao lado do “Tá amarrado!” não sei qual dos dois indica mais estupidez no ranking das baboseiras neopentecostais.
Causa dó e espanto pensar que muitas pessoas pelo mundo afora passam a pronunciar estas frases burras e absurdas como se fossem uma espécie de “abracadabra”, crendo que seus problemas desaparecerão num passe de mágica.
Mas, quero propor que os crentes determinem sim. Aproveito a ocasião para reafirmar alguns valores que há muito estão desaparecendo da prática evangélica brasileira, cedendo lugar ao misticismo e à superstição. Se for para determinar, então, proponho que cada leitor cristão, ao acessar esta mensagem determine:
Que jamais irá subestimar a soberania de Deus, achando que o céu é como a “casa da mãe Joana”, e que os anjos são como mordomos prontos para satisfazer os desejos humanos mais mesquinhos.
Que jamais se dobrará à famigerada teologia da prosperidade, a qual reduz o Evangelho da Salvação eterna em subterfúgio para salvação da conta bancária.
Que jamais seguirá os mercenários donos das “emprejas”, esbanjadores que lucram e enriquecem mais e mais cada vez que abrem uma nova franquia, ou despejam seus produtos heréticos no mercado.
Que fará da Bíblia sagrada única fonte de inspiração e devoção, desprezando quaisquer pregações, ensinos, livros, etc., que não forem originadas e fundamentadas em suas páginas.
Que jamais olhará para a igreja como um espaço de recreação ou passatempo, mas sim como um lugar onde prestamos culto, consagramos dons, e dedicamos talentos para comunhão e edificação de todos os que nela se abrigam.
Que será um instrumento de Deus contribuindo ativamente com suas orações e finanças para que o Evangelho chegue aos não alcançados.
Que não resistirá ao chamado, caso seja movido pelo Espírito Santo para ser uma testemunha entre povos de outras nações.
Que não se deixará enganar pelas propostas modernas dos pregadores que deturpam a mensagem da cruz, reduzindo-a a mera retórica cultural, desprovida do poder libertador que afasta o homem do pecado.
Que honrará seus pastores e líderes locais, os quais dão a vida para pastorear rebanhos hoje cassados e acossados pelos chacais disfarçados e autodenominados apóstolos, bispos, patriarcas e missionários.
Que não depositará sua fé nas idolatrias das campanhas e correntes supostamente evangélicas, bem como nos objetos sincréticos distribuídos em muitas delas (sal grosso, rosas, lenços, águas, óleos e outros artefatos místicos).
- pr Aécio -