NOVA!!!
Uma das marcas das igrejas modernas é o triunfalismo ufanista.
Nas mensagens, nas músicas e na literatura cristã atual o que não faltam são as declarações eufóricas de vitória.
“Decrete a sua vitória, irmão!” é o jargão que mais se ouve nos currais evangélicos afetados pelas teologias enlatadas, importadas das academias de falsos profetas americanas e despejadas por aqui desde meados dos anos 80.
Quando se fala em vencer logo vem à mente da cristandade hipnotizada pelos gurus da fé capitalizada o cifrão, a ascenção social, o iate, o carro importado e a viagem dos sonhos. Mas, as teologias que enfatizam o triunfalismo baseados em “coisas” são tão frágeis que, se tirarmos estas “coisas”, desmontamos suas teses como um castelo de cartas. Nem a maior denominação brasileira, edificada sobre o instável terreno da teologia da prosperidade – a IURD – escaparia da falência, e fatalmente não sobreviveria 10 anos mais se tirassem de sua cartilha as “campanhas”, “correntes” e “sessões” pautadas nestes ensinos, por exemplo.
As 7 cartas às igrejas da Ásia, em Apocalipse 2 e 3 concluem suas exortações com indicações de que há dentro de cada uma delas uma classe de fiéis que se destacam dos demais – são os vencedores, indicados pela frase “Ao que vencer...”.
A que espécie de vencedores se dirige o Espírito Santo? Seriam aqueles que estariam em melhores condições financeiras do que os outros? Ou os que estariam mais bem situados socialmente? Não, mil vezes não! Os vencedores mencionados nas entrelinhas ali são aqueles que não cederam às pressões das perseguições; que não se dobraram às heresias; que não sucumbiram em meio à tortura e não abriram mão da santidade.
A o espírito da igreja de Laodicéia exerce influência direta em todas as denominações que insistem em oferecer a falácia do evangelho da prosperidade, que enfatizam o possuir coisas e conquistar status aqui e agora, em detrimento aos valores mais elevados. Milhões de pessoas são enganadas todos os dias, nos púlpitos e nas redes nacionais das TV’s e rádios, pelos pregadores mecenários mais preocupados em garantir o aumento de seus patrimônios pessoais do que no bem estar daqueles que insistem em acreditar em suas mentiras. Aqueles querem vencer a miséria, estes abusam da miséria alheia.
“Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono...” é o que promete Jesus aos vencedores que resistem bravamente à operação do erro que imperava em Laodicéia. Não, o Espírito Santo não prometeu pra eles nenhuma condição de vitória imediatista, nem posses materiais. Jesus faz uma promessa para a eternidade – aliás, tudo o que diz respeito à eternidade há muito vem saindo do rol de ambições e prioridades dos crentes modernos. O que vejo são os muitos cristãos metidos, orgulhosos e arrogantes, exibindo bens materias como se isto fosse o maior sinal da benção de Deus para Seus filhos – que é um grande equívoco. Carro importado, casa luxuosa, dinheiro e qualquer outro bem terreno não poderão nunca se comparar à esperança de reinar com o Senhor Jesus na eternidade. Estúpido é quem prega e defende a tese de que possuir coisas e galgar posições sociais é o maior atestado de vitória e benção de Deus... Mais estúpido ainda é quem acredita nisto e segue a quem prega e defende estas bobagens. – pr Aécio