sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ACRÓSTICO - 4














Outra vez Natal

Nessa época do ano tudo fica muito agitado e
Até hoje, não entendo muito bem por que é assim.
Tanta gente se atropelando nas ruas, lojas, mercados…
Até parece que é o fim do mundo!
Loucura geral.

De que adianta tanta correria?
O verdadeiro sentido do Natal nem é isso!
Sonho com um Natal onde há troca de gentilezas em vez de presentes!

Mais que comida e bebida fartas, bastariam abraços, afagos...
Estender a mão aos desvalidos e
Unir-se àqueles que fazem o bem.
Sim, é assim que deveria ser o Natal!

Sei que soa infantil, mas
Opto, porém, pelo sonho.
Não quero Natal só 25 de dezembro.
Hoje, amanhã... Todos os dias podem ser natalinos.
O mundo seria diferente se fôssemos mais generosos e
Solícitos todos os dias e não só no final de cada ano!

- pr Aécio -

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

APARÊNCIA E ESSÊNCIA



Minha conversão ao Evangelho ocorreu no tempo em que paletó e gravata para os homens, saia e cabelo para as mulheres ainda eram sinônimos de santidade na maior parte das igrejas evangélicas – principalmente as de cunho pentecostal. Quanto mais alinhadas e modestas as vestes ou os penteados, maior a aura de santo ou de santa.

Lembro-me, por exemplo, que na pequena congregação da qual era membro se realizava uma vez por semana o chamado “culto de doutrina”, reunião em que o pastor gastava 90% do tempo de sua preleção falando sobre roupas, penteados, comportamentos, adornos, maquiagens, televisão, etc., e, pasmem, quase tudo com “base bíblica” (naquelas tipo “texto fora do contexto...”)!

Pois é, os tempos mudaram e muita coisa mudou de lá para cá. Com pequenas variantes e raríssimas exceções, nem mesmo as igrejas (ou denominações) mais rígidas resistiram a prova do tempo na observância daquilo que convencionamos chamar de “usos e costumes”. Os irredutíveis “pastores-delegados” sucumbiram ao ditames do novo milênio, e tiveram que abrir mão das exigências dos membros se vestirem assim ou assado – de vez em quando fico pensando em como é que os tais “pastores-delegados” que ficaram para assistir a transição das eras conseguem explicar, se é conseguem, que aquilo que antes era proibido hoje não é mais.

Passou a era da santidade de fachada e chegamos aos “tempos de unção”, afinal, quanto mais ungido o indivíduo, mais na crista da onda do momento! Todo mundo quer mais é receber a “unção da vitória financeira”,a “unção da ousadia”, a “unção da multiplicação”, a “unção das portas abertas” ... Ufa! Haja apelido para tanta unção!

Acontece que, assim como no passado havia uma vitrine que exibia a pseudo santidade, os “ungidões” de hoje precisam ostentar, eles têm que parecer melhores, mais abastados, mais “cheios da grana” e por aí vai – é muita frescura pro meu gosto!

Naquele tempo a santidade estava nas roupas bem comportadas, no cumprimento do cabelo (no caso das mulheres), ou na rigidez do estilo de vida. Hoje é bem diferente, a “unção” pode até estar nas roupas, desde que sejam de grifes caras! Mas também, a “unção” pode estar nos carros luxuosos; nos roteiros turísticos “five stars”; enfim, na extravagância, na opulência! A equação é bem simples: quanto mais aparência de rico, quando mais purpurina, mais ungido é o irmão!

(Se fosse falar dos pregadores e artistas gospel afetados pela “paranoia da unção da estrelinha” teria que começar um texto exclusivo só pra eles, e a coisa iria ficar mais feia – vou deixar para outra oportunidade.)

A propósito, nem tudo está perdido. Creio piamente que ainda há os milhares que não se dobraram ao Baal das aparências. Sim, são aqueles que entendem que Evangelho de verdade não é casca, é conteúdo!
Há aqueles que experimentam dia a dia a profundidade da graça e do amor de Deus, logo, não precisam se “drogar” com a superficialidade da religião de consumo, nem com a fé “coisificada”. Há aqueles que sabem diferenciar muito bem a aparência da essência: aquela se conforma com as insignificantes gratificações desta vida, esta ambiciona o que eterno!

“Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa.”  -  I Co 7.29-31

Um abraço!

- pr Aécio -

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

DEUS, TENHA MISERICÓRDIA DE NÓS, PASTORES!


Tenho pensado muito nas questões que envolvem ministério cristão nos últimos dias. Não tenho nem mesmo me poupado de questionamentos que passam pela certeza do chamado;   pelo preparo adequado e pelo real comprometimento com tudo aquilo que implica, que incide ou que é necessário para o bom desempenho e eficácia da práxis ministerial.

Outro dia li uma matéria no site da “Cristianismo Hoje” que citava, dentre outras coisas, estatísticas levantadas numa pesquisa mostrando o aumento de obreiros que abandonam as funções pastorais e afins, assumindo a vida secular e dedicando-se a ocupações de cidadãos comuns. Os motivos citados são dos mais diversos: Doenças, conflitos familiares, estresse, pecados e outros.

Na verdade não tive nenhuma reação ao ler aquilo e, para ser honesto, o fato de não ter me chocado com o que estava diante dos meus olhos me preocupou mais do que os números elevados de ex-pastores ou ex-obreiros que “abandonaram o cajado”.

Fiquei mais preocupado (pra ser honesto) por não ter tido nenhuma reação do tipo: “Uau! Que absurdo! Que horror!”... Pelo contrário! Tudo que estava ali me parecia muito previsível; tudo muito comum e até certo ponto aceitável ou justificável. Então, confuso pela ausência de empatia momentânea, tirei um tempo para refletir minhas próprias convicções, minha própria visão de chamado (e só do meu chamado) e assim por diante. Parei para verificar minha própria resistência à luz de I aos Coríntios 10.32, que diz “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.”.

Conclui mais uma vez que não posso me ufanar por não estar naquela estatística, que devo vigiar ao máximo para não me deixar dominar pela maldita síndrome do triunfalismo, tão comum em nossos dias – aquela sensação burra que faz com que muitos “engravatados de púlpito” se sintam imbatíveis, fingindo grande parte do tempo que estão mais para “homens de aço” do que para homens de carne e osso.

A propósito, é assim mesmo que muitos obreiros vão levando suas vidas, seus relacionamentos familiares e demais interações sociais: no limite. Vi (e vejo) muitos destes cambaleantes, outros se arrastando moribundos... E assim permanecerão, até que se vejam num inferno existencial, num caos interior, ou até que assistam em tempo real o filme de suas vidas terminar em desgraça absoluta.

Que Deus, tenha misericórdia de nós, pastores!

- pr Aécio -

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

REFLEXÕES SOBRE O SERMÃO DA MONTANHA

Há quase cinco meses tenho pregado sobre a passagem bíblica que conhecemos como “O Sermão da Montanha”, escolhendo como base para as exposições aquela registrada nos capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus.
Vibrei em revisitar a “galeria das bem-aventuranças”, onde podemos entender que quaisquer sofrimentos, observados da perspectiva do Reino de Deus são detalhes de somenos importância, diante da esperança que nos reserva a eternidade nos céus (5.7-12).

Lembrei que o testemunho cristão deve sair da esfera do discurso inerte e se tornar relevante, e que isto só é possível quando influenciamos e envolvemos as pessoas ao nosso redor com o poder do Evangelho, atuando como “sal” e “luz”  (5.13-16) – elementos que dificilmente passarão despercebidos onde quer que estejam presentes.

Refleti mais uma vez sobre o perigo de viver na miséria espiritual sustentada pela religião “farisaica” – aquela que exacerba nas exigências, mas que afrouxa na prática (Mt 5.17-20).

Voltei a estudar sobre os temas polêmicos dos Evangelhos, aqueles que vão dos “sentimentos assassinos”, passando pelo adultério no coração e que chegam até ao odioso e traumático divórcio (5.21-31).

Reavaliei minha própria conduta diante do perigo de subjetivar, ou tratar levianamente aquilo que é sagrado. Além disso, fiz uma introspeção para ver como andam meu senso de justiça própria e minha predisposição em lidar (ou “liquidar”) aqueles que me aborrecem ou me incomodam (5.33-48).

Cheguei envergonhado no capítulo 6, quando me dei conta do quanto somos mesquinhos ao acharmos que temos tantas dificuldades, enquanto muita gente com muito mais necessidades que nós, se sentiriam felicíssimas com bem menos da metade do que a maioria de quem vai ler estas linhas tem ou é (1-4).

Vi que oração e jejum são práticas que facilmente corrompemos pela nossa tendência de querer exibir uma espiritualidade de fachada muitas vezes, enquanto Deus continua esperando uma entrega íntima e verdadeira (6.5-18).

Percebi que os bens materiais desta vida podem ser paradoxalmente tão atraentes quanto desprezíveis; que meus olhos devem ser treinados de forma a contemplar o que eterno, e que por mais que anseie pelas coisas da vida – e que por elas perca o sono – o tempo e a história não irão parar só para que lamente minhas próprias misérias (6.19-34).

Dei meia volta e reencontrei no espelho da minha consciência uma pessoa cheia de defeitos e contradições, mas que muitas vezes se vê à cata da perfeição nos outros (7.1-6).

Entendi de uma vez por todas que desistir é o mote dos fracos. Também consolidei o entendimento de que o simples fato de poder orar é, por si só, mais importante do que quaisquer respostas, e que caminhos e opções fáceis nunca serão sinônimos de conquista ou êxito (7.7-14).

Li sobre os falsos profetas e senti repugnância só de pensar naqueles que enganam em nome da fé. Mas, para não cair na contradição de julgar os outros e não ser flagrado pelo Juiz dos Juízes naquele dia (comentário acima), vasculhei minha despensa testando a qualidade dos frutos que tenho dado ao Senhor e oferecido àqueles que tenho a obrigação de servir (família, sociedade e igreja) – conclui que preciso melhorar muito (7.15-23).

Finalmente, compreendi que não é o conhecimento intelectual da Bíblia, nem o muito que possa conhecer de teologia que vão me livrar na hora do perigo, mas sim o quanto das Escrituras está presente nas minhas experiências, pois só Elas podem dar a firmeza e a segurança necessárias para que permaneça de pé, independente do tamanho das ameaças (7.24-29).
Fim.
- pr Aécio -

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

JEITINHO BRASILEIRO, GAMBIARRA E FÉ

Não sei se justa ou injustamente, nós brasileiros somos conhecidos como “o povo do jeitinho”.

Coincidência ou não, há, inclusive, um ditado (quase um slogan) popular que reza: “Tem jeito pra tudo, menos pra morte!”.

Este negócio de generalizar sempre incomoda aqueles (a maioria, creio) que não se enquadram nessa forma já consolidada de alguns de fora nos enxergarem – acho até que todas as culturas, em todos os cantos desse mundão por aí carregam algum traço comportamental que pode ou deve incomodar, assustar e até escandalizar os outros, iguais ou piores do que este tal “jeitinho brasileiro”.

A propósito, já que toquei no assunto, é também muito comum por aqui lançarmos mão de alguns artifícios de improvisação que chamamos de “gambiarra” (tenho um amigo que costuma brincar dizendo que se formou na fictícia “FAGAMSP – Faculdade de Gambiarra de São Paulo”).

Gambiarra é aquele artifício geralmente paliativo ou provisório que usamos para escorar um móvel quebrado, remendar uma parede rachada, prover iluminação de emergência, encobrir uma trincadura de um objeto qualquer. É um “puxadinho” aqui, uma extensão ou “bico de luz” ali e um “gato” acolá e mais o que a necessidade, a imaginação e os materiais ao alcance das mãos possibilitarem fazer.

Cresci vendo gambiarras e até hoje as vejo espalhadas por onde ando!

Até eu, que não sou mestre no assunto, já lancei mão de umas “gambiarrazinhas” lá em casa e em situações inusitadas nas muitas viagens. Umas até que deram certo e “salvaram o dia”, mas outras só aumentaram a dor de cabeça...

E quando o jeitinho e a gambiarra se encontram com o comodismo?! O perigo é tudo se estragar de vez e não dar para se aproveitar nada do que se pretendia consertar ou salvar!!!

Nas questões espirituais tudo é bem diferente. Não tem jeitinho que dê jeito, nem gambiarra que conserte os estragos na vida de um indivíduo, quando este se desencaminha e se perde nas questões da fé.

É triste conhecer e saber de crentes que parecem se acomodar num estilo de vida cristã onde nada é efetivo ou permanente, onde tudo é improvisado e transitório. É lamentável perceber que muitos crentes veteranos não se importam com regras, disciplina ou ordem quanto às práticas de orar e buscar conhecimento na Palavra do Senhor. Tenho a impressão de que para aqueles, é normal levar tudo na base de concertinhos aqui e remendinhos acolá, como se isso não fizesse diferença alguma.

Querer dar um jeitinho no mau testemunho, querendo encobrir práticas pecaminosas não confessas e não abandonadas é pura perca de tempo e  de energia. Igualmente, tentar fazer uma gambiarra no intuito de reparar uma espiritualidade de fachada é só mais uma falácia que, quando muito, poderá apenas retardar a queda fatal. 

- pr Aécio -

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PENSO, LOGO CRITICO

Sou um crítico assumido.

Acredite se quiser, não foi uma escolha. De repente me peguei criticando as mazelas e querelas que observo nas igrejas, ministérios, movimentos, seitas, etc. – para aliviar o descontentamento dos mais, digamos, sensíveis ou "dodóis": Nem minha congregação escapa my friend! Aliás, nem eu mesmo escapo de mim!

Sei que essa conduta me deixa numa situação meio desconfortável (e perigosa), pois conheço a extensão e a fragilidade do meu teto de vidro. Por conta disto, não poucas vezes me sinto como um equilibrista numa corda bamba, sem vara. Outras vezes me sinto acuado... Mas, tenha certeza: Jamais amedrontado! Noves fora, que venha minha porção de críticas, se necessário!

Com o tempo, percebi que até mesmo em nosso afável e carinhoso meio evangélico, se a gente quiser perder (inclusive amigos) é só criticar ou discordar. Se dependesse só da minha vontade não perderia nada, nem ninguém. Entretanto, só há uma coisa que não quero perder de jeito nenhum: a fé! Quanto às outras, sempre que não depender só da minha boa vontade, fazer o quê?

Prefiro ser um crítico assumidíssimo a ser um profeta do óbvio, um papagaio de pirata ou um falastrão interesseiro – já bastam os que estão ocupando alguns púlpitos, lotando congressos e conferências, e outros espaços disputados por públicos que amam um cafunézinho, quando mereciam um cascudo!

Não quero ser, nem imitar a ninguém. Não quero ser Paulo, nem Jeremias... Quero ser o que sou e falar o que penso, nada mais – sinceramente não acho que é pedir muito! Não quero usar as oportunidades para simplesmente levantar o dedo contra A ou B, mas também não as quero para cativar audiências com conversas de botequim. Não me permito fazer demagogia  ou média com quem vive na expectativa de ouvir amenidades, elogios e rasgação de seda.

Ser crítico tem seu preço – pena que não existe teto de vidro blindado (risos)!

Apesar de fazer críticas com o intuito simples de tentar apagar este fogo alimentado pelos desmandos e distorções cada vez mais comuns, principalmente no meio evangélico, percebo que muita gente interpreta como mera intolerância, inveja ou algo semelhante. Ledo engano.

Criticar é pedir para ser criticado também, é pedir para ser sacrificado nos altares profanos da vingança, é se expor a ataques gratuitos, traiçoeiros e covardes às vezes.

Em um exemplo recente, aqui mesmo no Blog, um tal “anônimo” (ou “nhonhônimo”) me pegou pra louco e, na tentativa de esticar o assunto em torno de uma crítica que o mesmo fez a mim, desafiando e provocando o dito cujo com algumas postagens posteriores, parece que o mesmo escafedeu-se... Ser crítico não é para qualquer um mesmo! Aleluia!

Noutro exemplo, mais uma pedrada no meu querido e sofrido teto repercutiu no teto da esposa... Pode?! Há mais ou menos dois anos nem mesmo os docinhos que ela fazia (e faz) para complementar a renda doméstica escaparam do revide. Isto mesmo, as guloseimas da minha MARAvilhosa mulher foram motivo de questionamentos do tipo “... estranho que a esposa de um pastor tenha que vender docinhos” – uma coisa destas nem merece reposta.

Por fim, parafraseando aquela frase antiga e surrada, quero os leitores das minhas postagens, e ouvintes das minhas pregações saibam que “os críticos também amam”.

Um abraço! 

pr Aécio

terça-feira, 3 de julho de 2012

NO MEIO DO CAMINHO HÁ UMA IGREJA

A igreja evangélica brasileira tem experimentado um crescimento sem precedentes nos últimos 30 anos aproximadamente. Entretanto, este crescimento (ainda) não tem sido suficiente para a conscientização de sua tarefa e consequente mobilização para a “Grande Comissão”. Tal afirmação pode ser facilmente constatada ao consultarmos os dados estatísticos que mostram as ações missionárias dentro e fora do país. Exemplos: Número insignificante de missionários proporcionalmente aos membros das igrejas evangélicas; investimentos irrisórios em missões comparativamente a outros investimentos; ausência de ensino sobre o assunto, resultando no pouco conhecimento, ou ignorância total sobre o tema (incluindo lideranças); etc.

O poeta disse “no meio do caminho tinha uma pedra”, o missionário diz “no meio do caminho há uma igreja”! É isso, a igreja local se transforma em uma “pedra de tropeço” no meio do caminho quando não cumpre seu devido papel. 

Ao longo dos anos aprendi pelas leituras, pesquisas, experiências e observações que independente do tamanho e da estrutura, qualquer igreja local pode contribuir significativamente para o avanço mundial através de ações simples, porém, surpreendentemente eficazes no resultado final.

Dentre estas ações estão a conscientização e mobilização dos crentes; a captação e a devida aplicação de recursos financeiros; o despertamento, treinamento, envio e sustento de vocacionados para o campo.

Estas últimas parecem complexas, mas se nos atermos menos às questões funcionais, burocráticas e técnicas nas ações missionárias, focando a obediência a ordem de Jesus, então, concluiríamos que nossa parte é cumpri-la, o resto é consequência!

- pr Aécio -

sexta-feira, 15 de junho de 2012

ACRÓSTICO - 3












Pastores,
Respirem fundo e prestem bem
Atenção no que estão fazendo:

Falam muito,
Amam a comida e a bebida, mas
Levianamente se esquecem do rebanho!
Adormecem e
Riem do choro alheio!

Atenção pastores!

Vocês não perdem por
Esperar! Aquele que julga os corações ainda é
Rei e Senhor da Igreja!
D’Ele não vão escapar!
A hora de contar das ovelhas está chegando, e cada um
Dará conta das que lhes foram confiadas.
Escutem, acordem pastores!

- pr Aécio

sábado, 5 de maio de 2012

FAMÍLIA: COMO ESTÁ SEU CASAMENTO? – PARTE 1

De “zero a dez”, que nota você daria ao seu casamento hoje?
Se a nota foi de “zero a cinco”, é preciso lembrar que já passou da hora de “dar uma turbinada” neste relacionamento aí, e tudo pode ser uma simples questão de decisão, de atitude. Afinal, não há nada que não possa mudar quando ambas as partes se dispõem e se empenham em virar o jogo.
Por nota de “seis a dez” não entenda que tudo vai às mil maravilhas, e que nada mais pode ser acrescentado ou melhorado. Todo casal precisa ter a consciência de que devem reinventar seu relacionamento conjugal a cada dia, se quiser evitar a estagnação e o desgaste.
Há vários fatores (vide lista abaixo) que influenciam nestas variações de “notas”. Com isto, quero apenas sugerir aos leitores um exercício simples e pessoal, uma maneira prática de mensurar a “temperatura” da relação.
Embora alguns destes fatores pareçam insignificantes, o simples fato de ignorá-los os torna potencialmente letais, podendo, portanto, levar até mesmo casamentos outrora sólidos ao caos absoluto. Vejamos alguns:
a) – Monotonia: Nada é tão traiçoeiro como o marasmo. Que me perdoem os contrários, mas não vejo graça numa relação em que “todo dia ela (ou ele) faz tudo sempre igual”. Relacionamento em preto e branco enjoa e não resiste a prova do tempo.
b) – Indiferença: Você casou com um(a) companheiro(a) de mármore?! Maridos e mulheres precisam sentir as dores e as alegrias uns dos outros. Devem chorar e sofrer juntos quando a vida não lhes for muito simpática. Por outro lado, não devem perder a oportunidade de celebrar as grandes conquistas, ou de rir e gargalhar até mesmo das futilidades do dia a dia.
c) – Grosserias: Das gentilezas do período de namoro às palavras ríspidas pós altar pode ser só uma questão de tempo (e oportunidade). Palavras também machucam e matam! Então, relax... Conte até mil! Deixe passar o momento da raiva e depois emita suas opiniões ou reivindique suas razões.
d) – Possessividade: Há quem pense que ao casar seu cônjuge tornou-se mais um bem, e que  agora tem mais uma “coisa” dentre todas as que já possuia. Lembre-se do ditado “quem tudo quer nada tem?”. Cônjuges não são “donos” um do outro, portanto, entre ambos não deve prevalecer a atitude de big boss, mas a do respeito e amabilidade.
e) – Comodismo: Maridos ou mulheres relaxados, inertes, preguiçosos, descuidados do ambiente em que vivem e desleixados com a aparência pessoal não percebem que causam um grande desconforto para seus pares! Sai do sofá, deixe a cama mais cedo... Vá para academia, visite regularmente um salão de beleza! Conserte o que está quebrado... Saia do lugar! Mexa-se!
f) – Egoísmo ou individualismo: “Meu salário... Minha conta bancária... Meus amigos... Meu hobbies...”, já viu isto? Vive isto? Relacionamento conjugal pressupõe compartilhamento incondicional em todas as áreas – todas e quaisquer exceções devem ser originadas em concordância.
A lista e comentários acima foram expostos para "cutucar" principalmente os casais, expondo o perigo de permitirem que hábitos ou comportamentos nocivos se instalem em seus relacionamentos. Mostram também a necessidade de eliminá-los sem parcimônia. Caso contrário, no mínimo terão que amargar uma convivência espinhosa e, na pior das hipóteses, verão dedicados e preciosos anos de convivência perdidos num oceano de mágoas e rancores comuns às separações, divórcios, etc.
- pr Aécio -

quarta-feira, 18 de abril de 2012

FAMÍLIA: O QUE VOCÊ ESTÁ ENSINANDO PARA SEUS FILHOS? - PARTE 2

“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.”  -  Provérbios 22.6 -
“Tal pai, tal filho”.

No início, os bebezinhos trazem apenas os traços físicos que podem facilmente dizer quem é filho de quem. Com o tempo, o jeito de falar, de agir e reagir não deixam dúvidas, confirmam de uma vez por todas que “filho de peixe, peixinho é”.

O trecho bíblico a seguir (que não tem nada a ver com “maldição hereditária”) deveria servir como um alerta aos pais inconsequentes e remissos. Estes se esquecem de que o futuro dos filhos estará seriamente comprometido na hipótese de não se arrependerem e não converterem de seus maus exemplos em tempo (citarei alguns logo abaixo): “... porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”  -  Gálatas 6.7

O que muitos pais não percebem é que em todo tempo estão semeando através de palavra, atitudes, decisões, comportamentos, escolhas, gestos, etc. Qualquer uma destas coisas sozinhas ou combinadas podem se transformar numa infinidade de “sementes” que germinarão, brotarão e darão seus respectivos frutos.

A lista abaixo é só um esboço, entretanto, destaca alguns dos mais preocupantes e maus exemplos:

- Grosserias: explosões de fúria; agressões físicas e verbais;

- Falta de respeito: palavrões; hábitos e gestos maliciosos;

- Estilo de vida “torto”: Engano; mentira; dissimulação; vícios diversos e outros comportamentos similares;

- Relações “doentes”: Ausência de empatia; falta de diálogo; falta de carinho ou de palavras de motivação.

Algo extremamente sério e digno da nossa atenção é o fato de que só temos domínio sobre a semeadura, sobre a colheita não! Podemos plantar várias sementes, porém, basta uma só delas vingar para dar origem uma planta inteirinha repleta de frutos, cheinhos de sementes que poderão ser boas ou más! Você não vai querer correr este risco, vai?!

Perceba que é um ciclo difícil (talvez impossível) de controlar. Por isso, quanto antes os pais prestarem atenção na qualidade das “sementes” que são lançadas sobre os filhos, mais tranquilos poderão ficar em relação aos frutos que deles procederão.

Eis algumas dicas para os pais:

- Cultivem boas e saudáveis amizades, isto viabiliza influências positivas;

- Mantenham boas relações em todos os níveis sociais, isto fomenta a empatia e o companheirismo;

- Adotem um estilo de vida coerente com tudo o que é correto e justo, isto possibilita a formação pessoas de bom caráter, íntegras e cidadãos responsáveis;

- Sejam criteriosos na questão do respeito às pessoas, isto transmite tolerância e capacita para a boa convivência com o próximo.

Até a próxima!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

FAMÍLIA: O QUE VOCÊ ESTÁ ENSINANDO PARA SEUS FILHOS? - PARTE 1

“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.”  -  Provérbios 22.6 -

Não é de hoje que se discute a deterioração das novas gerações, no que diz respeito aos valores, aos princípios e demais fatores que regem a moral, os costumes e, consequentemente, as relações essenciais à vida humana.

Da década de 60 pra cá - época que marca a chamada “revolução sexual” - confundiu-se definitivamente liberdade com libertinagem, e iniciou-se uma ruptura comportamental: Nada além de prazer, aventura e protesto!

O mundo, por sua vez, paga o terrível preço desde então, que pode ser mensurado pelos seguintes dados, dentre inúmeros outros:

- sistemática desagregação e degeneração da família como um todo;
- aumento desenfreado no número de abortos;
- índices crescentes de violência em todas as suas modalidades;
- mais e mais dependentes químicos (drogados) fomentando o desgraçado sistema de tráfico de entorpecentes, de armas, etc.;
- absurdo (e sempre crescente) número de crianças “órfãs de pais vivos” nas ruas e abrigadas em instituições governamentais e ONG’s;
- consolidação da exploração sexual de menores (ou prostituição infantil, que em alguns lugares ganha o nefasto codinome de “turismo sexual”);
- etc.

Mas, pouco ou nada adianta inquirir sobre o que observamos nas novas gerações, se nós, pais, não estivermos dispostos a avaliar com franqueza as terríveis falhas em nossos próprios comportamentos.

Pais e mães relapsos, ausentes, violentos, indiferentes, viciados, superficiais, autoritários, hipócritas, obscenos, mentirosos, trapaceiros, vingativos, etc., são indiscutivelmente, os primeiros responsáveis em reproduzir nos filhos seus próprios caracteres – lembrando que há sempre o risco da “cópia” sair pior que o “original”!

A verdade que incomoda muita gente é esta: O péssimo exemplo dos pais dentro de casa “fabrica” aquilo que fora passa a ser conhecido, muitas vezes, como “capeta”, “monstro”, “bandido” e outros nomes não muito simpáticos.

Até a próxima!

- pr Aécio -

sábado, 24 de março de 2012

QUEBRANDO A MALDIÇÃO DA “QUEBRA DE MALDIÇÕES”

Desde que essa coisa batizada de “teologia da prosperidade” começou a ser propalada no Brasil, percebi que se tratava de algo mais sério do que podíamos imaginar. Não demorou muito e tive a certeza de que se tratava de uma das mais terríveis, satânicas e perigosas teologias que, à semelhança de tantas outras doutrinas de demônios despejadas em nossas igrejas, vinha para ser uma espécie de divisor de águas onde, de um lado ficariam aqueles que primam pelas verdades límpidas e cristalinas que fluem do Novo Testamento, e do outro aqueles que são infantis na fé, aqueles se deixam levar por “todo vento de doutrina” que se originam no esgoto do inferno. Deu no que deu!

Como uma praga, esta “terrorlogia” encanta, hipnotiza e seduz um número cada vez maior de adeptos e seguidores. 

Como um vício difícil de ser abandonado, quase todos aqueles que se deixam contaminar pelos “papas” destes ensinos mirabolantes: regressão espiritual; confissão de pecados e quebra de pactos de antepassados; proclamação de palavras que liberam isto ou aquilo; adoração extravagante (leia-se esdrúxula); manifestações “espirituais” que simulam jeitos e trejeitos estranhos (leia-se assustadores); apego exacerbado (ou culto)  a  objetos, costumes, tradições e outro adereços judaicos; pregações superficiais contendo flagrantes erros de interpretação em passagens isoladas da Bíblia; etc., tendem a supervalorizar tais ensinos e a menosprezar todos os demais que lhes pareçam ortodoxos, tradicionais ou conservadores.

Lembrei-me do apóstolo Paulo (que não tem nada a ver com os “apostolozinhos” fabricados em alguns quintais estrangeiros ou tupiniquins) escrevendo para os crentes de Corinto: Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” - II Co 11.3

A palavra acima cai como uma bomba sobre quase tudo o que a gente lê, vê e ouve sobre “quebra de maldições”, por exemplo. Tento imaginar Paulo se referindo às pessoas que o procuravam dizendo: “Olha, você terá que responder 400 perguntinhas básicas, que vão das cores preferidas aos lugares que frequentou nos últimos dez anos... Ah! E não se esqueça de levantar sua árvore genealógica, começando por 10 gerações anteriores!” – claro que ironizei um pouco só para provocar as mentes mais cauterizadas, para ver se ao menos começam a refletir com mais honestidade se aquilo que praticam ou creem é, ao menos, coerente com a Palavra de Deus!

Sabe, apesar de entender que este debate pode tomar proporções gigantescas e desgastantes – dependendo com quem conversarmos corre-se o risco de se chegarmos às vias de fato (entenda como quiser) -, gostaria de lembrar aos fanáticos adeptos do nefasto ensino de que ninguém, nem você, leitor, sob nenhuma alegação, depois de ter confessado a Jesus como Salvador e decidir fazer da Palavra de Deus sua regra de fé e conduta, jamais deveria ser submetido aos infindáveis ritos ou “sessões” de cura e libertação, ou se sujeitar aos vexame das suposta manifestações infantilizantes e humilhantes, praticados em muitos dos “desencontrados” encontros. Se qualquer um de nós assim procedermos, estaremos nulificando os efeitos do sacrifício de Jesus! 

Se Jesus nos fez novas criaturas, o pressuposto é que houve uma ruptura radical como nosso passado.

Logo, se Ele, Jesus, fez a obra completa na cruz ("tetélestai" - "está consumado" - João 19.30), quebrando, sobretudo,  TODAS as maldições, não resta o que ser feito ou acrescentado, simples assim:

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” – II Co 5.17

"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.”  -  Gl 3.13-14

É isso! É Bíblia!
O resto é conversa fiada!

Um abraço.
- pr Aécio