terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MISERÁVEL APÓSTOLO PAULO - PARTE 2

NOVA

“Pastor, quanto o senhor cobra para pregar?”. Esta é uma pergunta feita geralmente por algumas pessoas que desejam que ministre em suas igrejas – e é uma das que mais me constrange (às vezes aborrece).
Se há algo que realmente considero nojento é esta onda crescente de profissionalização dos ministros evangélicos, bem como da “industrialização dos chamados “ministérios” disto ou daquilo – comportamento que está provocando o surgimento de dezenas de mercenários disputando cada centavo de oferta oferecidas em cultos, congressos, conferências e demais eventos em nosso meio. É cada um mais ganancioso que o outro. Cobram cachês estratosféricos para pregar, dar palestras, cantar ou simplesmente testemunhara conversão – alguns parecem “pecadores VIP”, pois pra ouvir como se converteram é preciso pagar... E muito!

Tudo bem que os ministros sejam remunerados por seus trabalhos, que recebam ofertas de igrejas e organizações que promovem eventos. Tudo bem que vivam de suas produções intelectuais (CDs, DVDs, livros, etc.), mas minha reclamação incide sobre aqueles que só pensam em lucrar, e fazem de tudo para arrancar dinheiro dos irmãos que passam a admirá-los como se fossem astros.

É tão escandalosa a coisa, que há aqueles que cobram cachês absurdos para aparições rápidas em cultos (para cantar duas ou três músicas, por exemplo, ou para pregar em torno de uma hora!) chegando a embolsar R$ 5.000,00 ou mais! Sem falar que, no caso de cantores ou pregadores que produzem CDs, DVDs ou livros, há quem só aceite o convite após os anfitriões se comprometerem em vender dezenas ou até centenas de suas produções – o ou ainda pagar valor equivalente a venda dos produtos. Quando ficam famosos, então, não querem hotel com menos de quatro estrelas, não andam em carro popular (principalmente sem ar condicionado), além de muitas outras exigências (ou frescuras) típicas de quem ama e explora o lado glamoroso da fama, como qualquer artista secular do showbiz.

O apóstolo Paulo é um exemplo que talvez encontre bem poucos similares em nossos dias. Embora recebesse ajuda financeira de determinadas fontes, jamais quis ser “pesado” àqueles a quem ministrava; jamais levou seu ministério na base do “quem dá mais”; jamais tirou vantagens de seu testemunho de conversão; jamais se fez de difícil e inacessível; jamais disputou as atenções como se fosse o “último fandango do saquinho”; jamais estipulou preço para suas pregações; jamais tirou vantagem do poder de Deus agindo em sua vida; jamais foi oportunista em concentrações opulentas; jamais fez exigências absurdas para pregar em qualquer lugar.
Paulo também teria nojo dos modernos ministros e ministérios que fomentam o atual comércio de pregadores, cantores, bandas, conferencistas e palestrantes. Estes que praticam cobranças abusivas para se apresentarem aqui e ali; que em vez de se interessarem em quantas almas vão ganhar, só pensam em quanto dinheiro irão embolsar. Para eles, uma pequena lista de versículos para decorar... E praticar:

“Quando estive entre vocês e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém... Fiz tudo para não ser pesado a vocês, e continuarei a agir assim.” II Co 11.19

“Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês.” – Fp 4.17

“...os quais pensam que a piedade é fonte de lucro... De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro...” – I Tm 6.5, 6 (Todas as citações são da NVI)

- pr Aécio -

Um comentário:

  1. " Nunca estivemos tão envolvidos com relação publica, imagem diante do publico, vendas tecnicas de propagando e marketing alem de espirito de competição e a tendencia é piorar pois muitos pastores estão 'marketizando' a linha de "produtos" de Deus afim de atrair pessoas e depois criam maneiras de superar os que competem no mercado"... Que deus tenha piedade dos que se dizem pastores, apostolos, bispos, arcanjo, Lúcifer, enfim...

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