segunda-feira, 20 de junho de 2011

“VÍCIOS” PRESENTES NA PRÁTICA DA LIDERANÇA CRISTÃ - PARTE 2

LEI AQUI A PARTE 1

EXCLUSIVISMO

Luz, Câmera, ação: Esta é a era das celebridades! Todo mundo quer aparecer, que ser o centro das atenções, quer ter seus 15 minutos de fama, e não é diferente para boa parte de nossos líderes. João Batista disse “convém que Eles cresça, e eu diminua”, muitos líderes atuais vão na contra mão deste pensamento: “Convém que eu cresça e me destaque!”.

Líderes exibicionistas, megalomaníacos, metrossexuais e idólatras vaidosos gostam de ser o centro das atenções e querem dominar a cena. Eles são os “quase querubins”, que desde há muito vêm se apoderando de títulos de apóstolos, bispos e agora de patriarcas! O que serão daqui a pouco, semideuses? Onde foram parar os discípulos? Onde estão os servos?

Por que você acha que a cada ano nascem novas denominações, novos ministérios, novos movimentos, novas comunidades? Achava que toda igreja nova que surge foi por divina revelação do Espírito, ou que anjos reluzentes apareceram diante de alguém para anunciar o nascimento de mais um salãozinho, ou de um grupinho que passa a se reunir nas salas e quintais por aí? Salvo raríssimas exceções, às quais respeito e creio existirem, isto acontece por que alguns “bonitinhos” de repente acham que podem fazer a Terra girar em torno do si! Querem destaque, querem gente aplaudindo suas pregações, cantando suas músicas, adquirindo suas publicações e aclamando-os como os melhores, os maiorais, os mais ungidos, os mais poderosos, os mais sábios, etc.

Os traumas que os exclusivistas causam nas igrejas nas quais promovem divisões, rachas e quebra de unidade são tão devastadores que podem levar trabalhos que foram edificados em décadas à total destruição em questão de meses!

 CENTRALIZAÇÃO

Muito próximo ao “vício” do exclusivismo encontra-se o da centralização, que é um problema seríssimo encontrado em líderes cristãos atuais, cujo traço principal é a incapacidade de delegar, atribuir obrigações ou tarefas aos membros de suas equipes – na verdade eles possuem “EUquipes” – se quiser chama-los de egocêntricos, fique à vontade.

Líderes centralizadores não se conformam em controlar só o trabalho de seus colaboradores, mas também querem, e se sentem no direito, de governar suas vidas; de explorar suas emoções, sentimentos; e até decidir sobre seus relacionamentos!
O fascínio em exercer domínio sobre outras pessoas, por subestimar a capacidade de realizar que eles possuem, fazem do sujeito centralizador um indivíduo altamente temível e opressor! Questioná-lo? Nunca! Contrariá-lo? Jamais! Desafiá-lo? Nem pensar! Eles têm a força!

Líderes centralizadores mantém marcação cerrada sobre todos os seus subordinados, causando o efeito “big brother” sobre eles. Para mantê-los debaixo de seu jugo, e se preciso for, tais líderes utilizam-se inescrupulosamente até da estratégia de usar as falhas e debilidades daqueles, lançando-as em rosto ou expondo-as a terceiros.
No geral quem gosta de centralizar as ações de grupos, organizações, instituições ou igrejas são pessoas altamente inseguras, solitárias, que não confiam em quase ninguém, além de conviver permanentemente com as síndromes persecutória e conspiratória. Por este motivo, no geral são tolerados e rodeados por poucos amigos (na maioria das vezes eventuais), familiares mais chegados e de muitos “puxa-sacos”.

SOBERBA

Foi a soberba* que fez de um Querubim um diabo! É a soberba que está transformando até mesmo homens outrora humildes e quebrantados em pessoas intragáveis, repugnantes!

Quando recordo da passagem em que Jesus segura uma bacia e uma toalha para lavar e secar os pés dos discípulos sinto vergonha de mim mesmo. Sério! Tenho a certeza mórbida de que não faria aquilo. Pelo menos naquelas circunstâncias, naquele momento e com aquelas pessoas não faria mesmo!
Vejo as encenações de irmãos lavando os pés uns dos outros alguns eventos especiais e me pergunto: Quantos de nós estamos dispostos a lavar os pés literalmente uns dos outros (metáfora que nos cobra servirmos mutuamente, como se fossemos empregados uns dos outros!)?! Minha resposta é: Quase nenhum de nós! E entre nós, os líderes cristãos?! Quem está disposto a lavar os pés imundos dos Judas, dos Pedros... Quem?!

A soberba é um mal enraizado entre nós, líderes cristãos. Nenhum de nós – quer queiramos admitir ou não –, podemos dizer que nunca experimentamos deste veneno em maior ou menor grau. Esta é uma das maiores batalhas espirituais que travamos todos os dias no desempenho do santo ministério.

A soberba é o prenúncio da queda, diz a Bíblia.
Muitos escândalos envolvendo lideranças cristãs nestes dias são resultantes da presunção dos caudilhos engravatados que, dominados pela falácia de se acharem sempre acima do bem e do mal, expõem à exaustão os pecados alheios, enquanto simultaneamente alimentam maiores perversões no silêncio de seus gabinetes, ou na solidão de quartos de hotéis. Estes exigem humildade dos crentes comuns para confessarem seus pecados, mas não têm nenhuma humildade em reconhecer os seus próprios – crentes comuns pecam, líderes soberbos cometem equívocos ou são acometidos de “um instante de fragilização”.

*Termos semelhantes à soberba: orgulho, altivez, presunção.

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