quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

SER FELIZ EXIGE, TAMBÉM, COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE

Isso mesmo... Essa afirmação precisa ser levada a sério, pois há quem pense que ser feliz é apenas uma questão de sorte, azar ou destino.Felicidade, ou realização plena é algo que todo mundo deseja, nasce e morre correndo atrás. Porém, percebo que muita gente se esquece de que nossas ações, ou melhor, os resultados de nossas ações influenciam diretamente na “contabilidade” da vida. Ser feliz ou não é, também, resultado direto de nossas decisões, escolhas, relacionamentos, preferências, hábitos e todas as demais experiências. Adotar a postura de vítima de sua própria história é típico daqueles que não querem assumir sua parte quando as coisas dão erradas, por exemplo.

Sempre que me flagro querendo reclamar da vida lembro-me de pelo menos dois versículos Bíblicos, um do Antigo e outro do novo Testamento, que me trazem de volta ao centro da razão:

“De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.”  -  Lamentações 3.39

“... porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”  -  Gálatas 6.7

Obviamente que não temos o controle de todos os acontecimentos e fatos da vida, entretanto, muitas coisas simplesmente não teriam um desfecho desagradável se fossem observadas algumas regras de conduta, se houvesse mais prudência.

Não só no novo ano que se inicia, mas durante toda a vida, aconselho para quem quer ser feliz, que observe as regras da vida – das mais simples às mais complexas. Regras relacionadas a si mesmo, tais como o cuidado integral (corpo, alma e espírito); regras relacionadas às pessoas, tais como a arte da boa convivência; regras relacionadas à coletividade, tais como cidadania e, sobretudo, regras relacionadas à fé, tais como manter um relacionamento saudável com Deus e Sua Palavra.

É o que penso!

Um abraço.

- pr Aécio -

sábado, 26 de outubro de 2013

INTIMIDADE COM DEUS

No início da minha vida de fé ficava intrigado com algumas frases, aqueles típicos jargões, clichês e outros “pirlimpimpins” que criamos no dialeto evangeliquês. Honestamente, algumas delas não só me intrigavam, como me perturbavam mesmo! 

“Deus quer se revelar a você”, “Deus tem uma obra em sua vida”, “Se humilhe diante de Deus”, “Deus vai bradar na terra”, “Deus vai fazer um reboliço”, “Você precisa ter mais intimidade com Deus” são só algumas delas. Essa última, por sua vez, era a que mais me complicava, pois ficava pensando em como me tornar íntimo do Senhor Deus. O que poderia fazer para que o Senhor do Universo fosse meu “amigão do peito”, meu “best friend”, meu “camarada”, etc.?

Procurava seguir à risca as doutrinas, obedecer cegamente aos líderes, não questionar os costumes da denominação e investir pesado em jejuns, vigílias e reuniões de oração, etc., com o simples intuito de me tornar próximo o bastante de Deus, até que fosse considerado um entre os “dez mais”. Mas, o efeito que isso causava em minha mente era devastador! Isso acontecia em razão de querer ser íntimo d’Ele, ao passo em que O percebia tão distante quando me deparava com meus pecados, minhas contradições, minhas dúvidas, meus medos e tudo o mais que um mortal carrega dentro de si.

Como um Deus santo poderia ser meu amigo íntimo? Como o Criador de todas as coisas sentiria prazer em estar com alguém tão frágil e medroso? Por que Ele, o Senhor dos senhores, gastaria tempo para estar perto de um ser tendente a cair, e cair, e cair... ?

Sabe, o tempo passou. Cresci na fé e hoje encaro tudo aquilo lá atrás como fruto da imaturidade, ignorância pura. Quando me percebo agora mais adulto na fé, mais preparado, mais isto e aquilo, consigo entender melhor que “intimidade com Deus” é, primeiro, uma iniciativa d’Ele mesmo, é só mais uma benção proveniente da Graça que, na cruz, desfez a inimizade entre mim e Ele – Efésios 2.12-16. Depois (e só depois), manter-me íntimo de Deus é uma decisão pessoal e voluntária, é caminhar cada dia em Sua direção e manter uma vida que realmente Lhe agrade – Tiago 4.8. Simples assim!

Por enquanto é só pessoal!

Um abraço.

- pr Aécio -

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

YES! NÓS TEMOS FALSOS PROFETAS!

O Brasil está virando um celeiro… De falsos profetas também! Isso pode até chocar, mas não é nada perto do que esses perversores do Evangelho são capazes de fazer para se locupletarem através das manobras que arrastam multidões às suas armadilhas.

UM AVISO: Não estou falando só de neopentecostais, não! Eles estão infiltrados em TODAS as denominações, indistintamente, e agindo de igual forma, sugando e sangrando as igrejas por dentro!
Quando disse TODAS, são TODAS mesmo: Não escapam presbiterianos, batistas, luteranos, metodistas, pentecostais, tradicionais, independentes, renovadas, avivadas... E por aí vai! Eles estão dominando o cenário evangélico brasileiro!

Tem falsos profetas para todos os gostos. Há daqueles mais mansos e dissimulados, mas podemos facilmente esbarrar nos mais aguerridos, nervosos e abusados. Têm daqueles que vou chamar de “fala mansa”, são aqueles que sussurram promessas de prosperidade e vida fácil; mas também têm os que provocam catarse que arrebatam os ouvintes com profetadas apocalípticas e revelações estonteantes. Alguns querem ganhar pela aparência. Tanto é que não é de hoje que a gente vê circulando por aí “pastoras peruas” e pastores “roqueiros, metaleiros” – sem falar dos “mauricinhos” e das “patricinhas” que amam desfilar grifes famosas, relógios caríssimos e carrões... Desculpem mais uma vez, mas onde nasci se diz assim: É cada um mais besta que o outro!

No passado, o que mais preocupava um ministro quando se preparara para o púlpito, tribuna, etc., era a consagração. O preparo espiritual, o domínio das Escrituras e o temor dominavam a cabeça dos pregadores. Agora a coisa mudou muito em muitos casos. Podem me jogar pedras, mas para muitos pregadores e pregadoras, a preocupação maior é o look (visual), e isso é o que pode satisfazer o ego inflamado de quem está preocupado com a casca, mas para Deus o que interessa mesmo é o conteúdo!

A propósito, alguém conhece um tempo na igreja que não havia “falso” profeta?! Eu também desconheço. Desde o início, sempre houve essa “laia” de gente em nosso meio e, para ser bem honesto, mesmo não dominando o assunto 100%, acho que eles até tem uma “utilidade” entre nós: Para que o verdadeiro se destaque ao se estabelecer a comparação – essa é uma opinião muito minha, muito particular mesmo. Fora isso, não servem pra mais nada!

Desculpem a ironia, mas parece que virou moda ser falso profeta no Brasil. E o pior é que tem “consumidor”, tem público pra isso! É de arrepiar, mas o que tem de gente seguindo homens e mulheres que distorcem as Escrituras na maior cara de pau é surreal! Por aqui, em solo tupiniquim basta fazer uma gracinha, mostrar um milagrinho, cantar um pouco mais agitadinho, fazer da pregação um stand up, inventar uma campanhazinha, realizar uma performance mais curiosa ou qualquer outra estripulia que chove de gente em volta! Onde isso vai parar minha gente?! Eu tenho minhas convicções, e sei muito bem onde isso vai parar!

Tem cada coisa feia acontecendo por aqui que dá nojo de assistir na TV, de ouvir no rádio de encontrar na internet... Misericórdia!

Vou parar por aqui. 

Cansei de falar desses chacais... Até a próxima!

Um abraço!

pr Aécio

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A IGREJA BRASILEIRA VAI RESISTIR?

Observo com perplexidade a igreja evangélica brasileira atual, entendendo que a mesma está cada vez mais envolta por contradições que vão de um extremo ao outro. Se por um lado os pentecostais, sufocados pelos movimentos batizados de neopentecostais, se mostram cada vez mais místicos e sincréticos, por outro os tradicionais e históricos vão se afundando no liberalismo e secularismo que os tornam uma ameaça maior que a própria incredulidade e ignorância do Evangelho.

Não só nas questões cúlticas e teológicas, mas o próprio testemunho evangélico se esvai de significados. A julgar pelos escândalos envolvendo lideranças e demais expoentes da igreja evangélica brasileira, está difícil saber quem é quem! Se formos falar da dubiedade verificada nos evangélicos nominais vez por outra flagrados em bebedeiras, adultérios, ilícitos financeiros, etc., então, faltaria espaço para relacionar exemplos que envergonhariam até quem desconhece a Bíblia por completo.
Antigamente se preconizava que nós, os crentes brasileiros chegaríamos às grandes mídias; que seríamos expoentes na política, enfim, que teríamos mais influencia na sociedade de um mundo geral. Pois bem, chegamos lá e daí? Que diferença estamos fazendo? Que vantagens observamos ao vermos um número cada vez maior de crentes nos esportes, na política, nas artes, etc.? Respondo: Quase nenhuma!
                                                                              
Pode parecer pessimismo, mas às vezes penso que as coisas só tendem a piorar por aqui. A história está aí para mostrar que, assim como a Igreja quase desapareceu por completo em vários países (em alguns lugares foi totalmente banida), a igreja brasileira pode experimentar um fracasso semelhante. Tão jovem e ao mesmo tempo tão abusada, tão contaminada e dividida. Que pena...
Mas há esperança – pelo menos é o que acho. Ainda existe muita gente que leva o Evangelho a sério; gente que entende que não é suficiente ser evangélico da igreja X ou Y; que percebe a necessidade de ser mais que crente – ou é sal e luz ou não é nada; gente que sabe diferenciar um convertido de mero religioso; gente que entende muito bem a diferença entre santidade e mundanidade; gente que sabe que o estilo de vida do salvo é bem diferente da vida dos perdidos.
Apesar de tudo, minhas sinceras orações vão de encontro às minhas observações. Oro para que a Igreja resista sim; que prevaleça sobre os escândalos, divisões, heresias e demais abusos verificados quase todos os dias em nosso meio. Peço para que o Senhor tenha misericórdia dos remanescentes, e para que eles resistam sim! Maranata!
- pr Aécio -

terça-feira, 25 de junho de 2013

ANTES DE RECLAMAR DA SUA IGREJA…

Avalie sua conduta em relação a ela.

Na lida pastoral a gente se depara com muitas pessoas insatisfeitas com a igreja da qual participa. Não raras vezes tive (e tenho) que ouvir e tratar de pessoas trazendo as mais variadas reclamações e queixas sobre tudo o que vê em nosso meio – imagine “variadas reclamações” que podem ir de reivindicações plausíveis às mais ridículas exigências.
Mas, será que só reclamar ou reivindicar ajuda? Obviamente que não! Ainda mais quando as reclamações vêm daqueles que nada ou pouco fazem pela igreja ou pela irmandade! Aliás, vou além: Em geral, quem mais reclama nas (ou das) igrejas é quem não faz nada! Verdade seja dita, quem se ocupa nas tarefas da igreja, quem tem espírito cooperador não tem nem muito tempo para reclamar ou reivindicar e, quando o faz, não só tem moral para fazê-lo, como junto com as reclamações traz sugestões e se oferece para melhorar aquilo que não está funcionando bem.
Igreja é um lugar não só de culto e oração, é lugar de serviço! Todo crente deve saber disso, mas muitos – a maioria com já disse – se fazem de rogados! A Bíblia diz isso, Jesus é o maior exemplo; os apóstolos deram exemplo; a igreja primitiva mostrou isso e por quase todo o Novo Testamento, em especial nas cartas Paulinas, encontramos uma enxurrada de versículos que exortam os crentes ao trabalho; a arregaçar as mangas e a por a mão na massa em suas igrejas!
Há dois dias fui procurado pela evangelista de nossa igreja, a qual propôs uma lição exclusiva sobre serviço no discipulado preparatório para o batismo. Vibrei com a proposta e lamentei por não ter percebido a falta de ênfase sobre o assunto no período mais fértil e produtivo do cristão, que é o início da conversão, o primeiro amor – fica a dica para os pastores que lerem essa breve mensagem.
Poderia dar uma lista de versículos que confirmaria cada palavra que digitei até agora, mas vou terminar diferente. Termino apelando para a inteligência e consciência de quem que faz parte de alguma igreja (se grande ou pequena não importa agora): Você é um crente ativo, participativo em sua igreja? Tem aplicado seus dons, habilidades, tempo extra e demais recursos para o bem de sua irmandade local?
Caso não possa responder positivamente perguntas acima, aconselho ao amado (a) que não reclame mais de sua igreja, dos obreiros, da liderança ou dos pastores. Repense e reavalie sua postura, critique a si mesmo e reclame de sua própria conduta em relação ao rebanho da qual faz parte e, depois, peça perdão por sua inércia – se for o caso – e comece a fazer tudo diferente do que vem fazendo até agora. Em resumo, ao invés de reclamar, trabalhe na obra de Deus... Mantenha-se ocupado na Causa de Jesus!
Um abraço,
- pr Aécio -

terça-feira, 2 de abril de 2013

QUANDO PENSAR EM DESISTIR, DESISTA...


- Desista do espírito de autopiedade, que leva muitos a perder o melhor da vida: A capacidade de lutar por tudo aquilo que almeja e acredita!

- Desista da atitude mesquinha de achar que o mundo gira em torno de si, e que por isso ele vai parar até que você recobre o ânimo.

- Desista da postura burra que confunde mediocridade com humildade. Aquela se vende a qualquer preço, mas esta suporta tudo sem abrir mão do que é mais precioso: O caráter!

- Desista de pensar que nasceu azarado ou fadado ao fracasso. Todo ser humano nasce com 100% de chance de dar certo, e 100% de chance de dar errado - tudo depende de como cada um encara os desafios de sua própria existência.

- Desista das desculpas tolas e dos motivos frívolos para justificar sua inércia ou comodismo.

- Desista de esperar dos e pelos outros, saia na frente e faça por você o que ninguém deve fazer.

- Desista de querer ser outra pessoa. Acredite que você pode ser tão ou mais capaz, tão ou mais bem sucedido que qualquer um que tenha chegado ao topo.

- Desista do orgulho e da presunção de achar que nunca vai precisar de ninguém. Peça ajuda, dicas, orientação e conselho sempre que precisar.

- Desista de ficar lambendo as feridas do passado. Faça com que seu presente funcione como trampolim para um futuro glorioso.

- Desista de "chafurdar" no charco do ódio, do rancor e da vingança. Jesus nos ensinou a amar, perdoar e acolher até mesmo aqueles que nos odeiam.

- Desista de dar demasiada atenção às opiniões alheias, tenha suas próprias convicções.

- Desista de querer ser Deus. Concentre-se naquilo que você pode e deve fazer, deixe os milagres para Ele!

- Desista de insistir teimosamente naquelas posturas e comportamentos erráticos. Mude a mente, mude de atitude, e o curso da sua vida vai mudar também.

Por enquanto é só... Um abraço!

- pr Aécio -

terça-feira, 5 de março de 2013

MÚSICA EVANGÉLICA: POR QUE SE CANTA CADA VEZ MENOS SOBRE O CÉU?

Lembro-me com muita alegria do dia em que entrei pela primeira vez numa igreja evangélica, evento que ocorreu poucos dias após minha conversão. As primeiras impressões, os primeiros contatos, as primeiras sensações, os primeiros sons... A primeira música (ou hino, como queiram) que me encantou, etc. Sim, a primeira vez que uma música que não fazia parte do meu repertório de preferências – bem limitado, por não ser uma pessoas tão dada à musica assim – foi uma canção um tanto quanto melancólica da Harpa Cristã. Trata-se de “O Exilado”, que no hinário citado leva o número 36.

Embora o ritmo e a letra soassem bem estranhos ao meu limitado gosto, eles não fizeram tanta diferença assim, pois o que me prendeu mesmo foi uma espécie de Déjà vu, aquela sensação confusa do tipo “eu já estive aqui”. Mas, muito mais que a sensação de já ter estado ali, no meio das pessoas ou no templo, o que me cativou foi algo muito maior. Pela primeira vez senti a gostosura que é a atmosfera celestial tomando conta do ambiente de culto, quando corações se juntam em verdadeira adoração. Isto, num primeiro momento, foi decisivo para quem se sentia tão vazio, chegando de uma longa e intensa busca de respostas para inúmeras perguntas originadas numa crise existencial (leia-se espiritual), com a qual convivi desde a adolescência.

Lembro-me que alguém esticou o braço na minha direção para que acompanhasse naquele “livrinho de cânticos” a letra de “O Exilado”. Porém, meu pensamento pendia para aquela sensação sobrenatural, que fazia meu coração bater de uma maneira diferente, que despertava emoções que jamais havia deixado que se exteriorizassem – um misto de vontade de chorar, com desejo de rir e gritar de alegria – o que foi difícil conter.

A primeira estrofe reverberou na minha cabeça dias e dias seguidos. Ali, frases que falam do anelo pelo céu, em contraste com os prazeres fúteis do mundo, explodiram na minha alma já nas primeiras linhas:

“Da linda pátria estou bem longe;
Cansado estou;
Eu tenho de Jesus saudade,
Oh, quando é que eu vou?
Passarinhos, belas flores,
Querem m’encantar;
São vãos terrestres esplendores,
Mas contemplo o meu lar.”

De lá pra cá, muita coisa mudou na música evangélica. Parece que aos poucos o céu, ou as realidades eternas vão deixando de ocupar lugar de importância nas composições das letras. Vejo isto com tristeza, e penso que se minha conversão tivesse ocorrido nos dias atuais, talvez ouvisse apenas cânticos que falam de prosperidade, de bênçãos materiais, de conquistas terrenais, etc., e teria perdido aquele “instante de eternidade” que marcou minha vida de uma vez por todas!

Diante do exposto, quero terminar com um apelo aos ministros de louvor, ao pessoal que canta nas igrejas: Por favor, não se encantem com os “passarinhos e belas flores”, cantem mais sobre a “linda pátria” e sobre o eterno “lar”! Tragam de volta aos nossos cultos composições que fazem a gente se sentir no céu, ainda que por uns instantes!

- pr Aécio -