quarta-feira, 25 de agosto de 2010

“COM A TUA AJUDA PASSO PELO MEIO DUM ESQUADRÃO” - SL 18.20

Já diziam nossos antepassados que “a vida é dura pra quem é mole” – utilizando-se da simplória, porém certeira filosofia cotidiana.
Todos os dias tem gente se entregando às vicissitudes frequentes e comuns a todos os homens. Gente que “aborta” suas chances de vitória, decidindo entregar os pontos sem ao menos tentar mais uma vez, nem que seja por um simples ato de bravura, por força do ímpeto ou por mera inspiração.

Parece que temos uma tendência de desconhecermos nossa própria força, ou de fazer de conta que não podemos coisa nenhuma. Pior que isto: desconhecemos a força que opera em nós, d’Aquele que disse “não te deixarei, nem te desampararei” (Js 1.5) - ou será simplesmente não nos damos a chance de conhecê-la o suficiente?

Em toda disputa em que há perdedor e ganhador, o resultado pode revelar mais que um placar, um prêmio. Nossa derrota ou nossa vitória pode ser definida antes mesmo de entrarmos no páreo. Depende de nossa atitude, de nosso estado interior e de nossa visão de confiança.
Antes de o vitorioso surgir para o público, já brilhou no pódio da alma, do coração, “pois assim como imaginou na sua alma, assim é” (Pv 237).

Falo como quem muitas vezes se entregou antes de lutar, ou como quem até lutou algumas vezes por pura teimosia e por vaidade; outras vezes sem nenhum interesse ou ânimo de vencer. Mas posso também falar como quem já levantou troféus antes mesmo de entrar na batalha.
Com as derrotas aprendi que meu maior inimigo sou eu mesmo, quando me permito não acreditar em meu potencial e capacidade; quando me deixo ser convencido pelo mesquinho espírito de pessimismo; quando cedo ao orgulho de achar que me basto; quando me entrego ao cômodo comportamento do “deixa como tá, pra ver como é que fica” e quando me deixo possuir pela idéia de que os outros são sempre melhores, maiores e mais fortes do que eu.
Com as vitórias aprendi que, ainda que eu não possa com tudo e todos, “posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.13); que posso “da fraqueza tirar forças” (Hb 11.34); que preciso explorar mais dos meus recursos interiores; que posso despertar habilidades adormecidas e potencializar as negligenciadas; que todos os meus adversários se tornarão muito pequenos, todas as vezes que puder encará-los com ousadia e fé. – pr Aécio

Nenhum comentário:

Postar um comentário